O uso das cadeirinhas já é exigido em outros países há anos, mas foi somente em 2008 que o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) divulgou a determinação que tornou seu uso obrigatório no Brasil, para crianças de até 7 anos e meio de idade. Desde então quem não utilizá-la será multado. Antes tarde do que nunca! Carregar crianças ou bebês no carro sem a proteção adequada é um ato de extrema irresponsabilidade, que coloca a vida do seu filho em risco. Engana-se quem pensa que carregar seu bebê no colo é seguro, em caso de acidentes, seu peso provavelmente cairá sobre seu filho, esmagando-o ao invés de protegê-lo. Colocar apenas o cinto de segurança nos pequeno também não é seguro, pois o cinto não é adequado para a altura da criança, e mal colocado ele pode ser, por si só, um agravante em caso de acidentes.
Aproximadamente duas mil crianças morrem em acidentes de trânsito no Brasil, sendo que em 40% dos casos as crianças estão a bordo dos veículos. E a cadeirinha é projetada para causar o mínimo de danos possíveis a elas, portanto é de suma importância, independentemente da lei em vigor. O essencial é escolher o modelo que melhor se adapta à altura e ao peso do seu filho, atualmente existem três modelos principais no mercado:
Bebê-conforto: é a mais adequado aos recém-nascidos, é mais reclinada e deve ser colocada de costas para o banco da frente do carro (esta posição é mais segura porque protege o pescoço do bebê em caso de impacto). O modelo do cinto de cinco pontos costuma se encaixar em vários tipos de carrinhos, o que significa que você pode tirar o bebê do carro sem acordá-lo. A desvantagem é que seu limite de peso costuma estar entre 9 e 13 quilos, ou seja, quando a criança ultrapassar esse limite(o que não deve demorar muito!) será necessário trocar de poltrona. De acordo com a nomenclatura oficial, utilizada pelo Contran, pelos comerciantes e outros profissionais do ramo, o Bebê-Conforto se encaixaria nos Grupos 0 e 0+. É importante conhecer essa nomenclatura na hora de comprar sua cadeirinha.

Cadeirinhas ou poltronas: as reversíveis podem ser utlizadas por recém-nascidos e bebês maiores (até o limite aproximado de 16 quilos). Ela também pode ser instalada de costas para o banco dianteiro, sendo que esta posição deve ser utilizada até o bebê atingir, no mínimo 9 quilos. Existem também as cadeirinhas que não são reversíveis, portanto só podem ser usadas viradas para frente, essas só servem para bebês com mais de 9 quilos. Ambas possuem modelos podem ser transformadas em “boosters”, ideais para quando a criança ficar maior (leia abaixo). Na nomenclatura oficial as cadeirinhas, ou poltronas, se encaixariam nos Grupos I e II, podendo ser utilizadas normalmente em crianças de 9 a 25 quilos.

Boosters ou Assentos de Elevação: são os famosos “baquinhos” que servem para a criança ficar mais alta, e dessa forma apta a utilizar corretamente o cinto do próprio carro. Existem modelos com ou sem encosto, no segundo caso é preciso que o carro tenha proteção para a cabeça. Eles só podem ser utilizados por crianças de 4 anos ou mais, sendo necessários até a criança alcançar aproximadamente 1,45m de altura, ou a idade de 7 anos e meio de acordo com a Resolução do Contran. Ainda segundo essa Resolução, dos 7 aos 10 anos, a criança deve viajar no banco traseiro do carro e utilizando o cinto de três pontos. Os boosters se encaixam no Grupo III da nomenclatura oficial.

Infelizmente, a lei brasileira ainda é muito branda, isentando da obrigatoriedade veículos de transporte coletivo (como táxis e ônibus) e até veículos de transporte escolar, mas não é por isso que devemos ser menos preocupadas em relação ao problema, afinal é da segurança das nossas crianças que estamos falando. Portanto, criança com menos de 7 anos no carro, só com cadeirinha! Não se esquecendo de ler com atenção o manual de instruções e instalar os aparelhos corretamente.
O site da ONG Criança Segura possui várias outras informações importantes, inclusive sobre os selos dados pelos INMETRO, que é outra coisa que devemos levar em conta antes de adquirir uma cadeirinha. (Matéria Guia da Cadeirinha do site da ONG Criança Segura).